O zen é o mais belo método já descoberto para se entrar no âmago profundo de seu ser, mas o zen tornou-se cada vez mais e mais difícil pela simples razão de que o homem se tornou cada vez mais e mais complexo. O aprender vem em degraus; e o desaprender pode acontecer em um único salto quântico. E o zen pertence ao mundo do desaprender. Ele não é conhecimento – ninguém pode atingir ao conhecimento subitamente, porque o conhecimento é uma quantidade, não é uma qualidade. Qualquer coisa quantitativa somente pode ser atingida gradualmente; a pessoa se gradua naquilo, lenta, lentamente, a pessoa absorve e digere aquilo. Hoje em dia é quase impossível conceber como a iluminação súbita pode ser possível, como, em um único clarão, a pessoa pode ser totalmente transformada. O mundo mudou tanto, que agora é necessário uma espécie de abordagem totalmente diferente. O zen tem que se tornar contemporâneo. Eis por que eu estou falando tanto sobre o zen, porque eu vejo a imensa beleza dele, eu vejo o seu inestimável valor. Ele não deveria ser perdido – perde-lo será perder o maior tesouro que a humanidade descobriu. Mas nós o estamos perdendo. Trata-se de um tempo totalmente diferente; e uma mente totalmente diferente chegou à existência, você terá de compreender como a inocência assimila e o conhecimento perde.
Não há um objeto de conhecimento, nada há para ser conhecido, apenas o conhecedor.
Se você puder colocar seu conhecimento de lado, se você puder liberar a inocência que o homem perdeu que você provou na sua infância, então...
Com Amor
Nakab.
(Todas as palavras contidas neste texto pertencem a Osho, e foram extraídas por Nakab de seus “livros”.)
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